A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia realizará, ainda sem data definida, audiência pública para debater sobre a energia renovável e solar fotovoltaica. O requerimento para realização da audiência, de autoria do presidente do Colegiado, deputado Valadares Filho (PSB-SE) foi aprovado pelo colegiado..
Valadares explica que a energia solar é considerada uma fonte limpa, renovável e de baixo custo. Além disso, o território brasileiro oferece as melhores condições do planeta para aproveitar essa energia, pois tem a maior taxa de irradiação solar do mundo. No entanto, a exploração dessa alternativa ainda é tímida, inferior a 1% da matriz energética.
O parlamentar lembra que em Sergipe, Estado que representa, a participação da energia solar é quase simbólica, com 50 unidades instaladas, 38 delas em residências, duas na zona rural, nove na área comercial e apenas uma na indústria. “Entretanto, Sergipe, a exemplo de todos os estados brasileiros, particularmente os do Nordeste, têm condições de gerar energia solar”, destaca.
Em janeiro de 2013, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou norma que criou regras para micro e a mini geração e permitiu, em tese, que consumidores possam gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos por descontos em futuras contas de luz. Mas, segundo o deputado, mesmo essa geração em pequena escala necessita de investimentos e incentivos governamentais.
Uma das justificativas do socialista para debater sobre o tema é que a energia solar vem em substituição à produzida por hidrelétricas, pois a vazão dos rios tem baixado, principalmente no Nordeste. “Em Xingó, em 2013, se produzia um milhão e 300 mil megawatts, mas, em 2016, produziu só 950, uma redução de 27,2%”, diz.
Segundo entidades de preservação do meio ambiente, se todo o potencial teórico de geração de eletricidade nas residências brasileiras fosse aproveitado com sistemas fotovoltaicos, produziríamos o suficiente para abastecer mais de duas vezes o atual consumo residencial. “Esse aproveitamento também abriria a possibilidade de geração de, aproximadamente, seis milhões de novos postos de trabalho diretos e indiretos, além de significar uma economia de cerca de R$ 95 bilhões por ano para a população”, conclui.
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