O projeto de Reforma Trabalhista, elaborado pelo governo federal, chega ao Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. Enquanto os parlamentares da base do governo trabalham pela aprovação da matéria, os oposicionistas prometem resistir e tentar barrar a proposta. Nos discursos na Tribuna, diversos argumentos, prós e contras, sobre o texto principal do projeto.
O parlamentar baiano, Nelson Pelegrino, usou uma pesquisa para mostrar que a população rejeita a proposta e o governo Temer.
“Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, o presidente Michel Temer tem 87% de rejeição e só 10% de aprovação.
Além disso, mais uma vez a pesquisa revela uma ampla reprovação da população brasileira em relação à reforma trabalhista e à reforma da Previdência. Os deputados que estão pensando em votar a favor dessas reformas, estarão cometendo um suicídio político. Michel Temer está chamando esses Deputados para jogar o jogo da Baleia Azul, que é o jogo do suicídio político. Quem votar a favor dessas propostas não vai escapar do fracasso nas urnas”, disse.
Pelegrino refutou os argumentos usados pelos deputados da base, de que a Central de Leis Trabalhistas (CLT) é ultrapassada e que é preciso modernizá-la para voltar a gerar emprego. “A CLT é 1943, mas depois dela tivemos uma legislação esparsa, uma legislação que foi construída, atualizada, que tem toda a jurisprudência da Justiça do Trabalho. É por isso que esta reforma tem um tríplice pilar: ela quer desmontar a CLT, a legislação esparsa, para precarizar o trabalho no Brasil. Nós vamos voltar à Constituição de 1930, quando o trabalho era fator de produção e não de consumo. Isso é um erro, é um equívoco profundo”, explicou.
O parlamentar baiano lembrou ainda que o país está mobilizado para a Greve Geral, chamada pelas Centrais Sindicais para a próxima sexta-feira, dia 28. Segundo ele, diversos setores estão mobilizados e irão paralisar o país.
“Sexta-feira o Brasil vai ter a maior greve geral da sua história. Escrevam o que eu estou dizendo: o País vai parar, de Norte a Sul. Vários bispos da Igreja Católica — a CNBB está reunindo-se neste momento — manifestaram a sua simpatia por esse movimento e a repulsa à reforma trabalhista e à reforma da previdência. Várias Igrejas Evangélicas também já se manifestaram contra a Reforma Trabalhista e contra a Reforma da Previdência”, concluiu.
Comentários
Postar um comentário